
Em São Paulo, a Justiça Federal condenou ontem, 06, o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Preto. A pena é de 145 anos e oito meses de regime fechado pelos crimes de desvio de dinheiro, inserção de dados falsos em sistema da administração pública, e associação criminosa.
A decisão, da juíza Maria Isabel do Prado, titular da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, considera que Souza comandou um esquema de desvio de mais de R$ 7 milhões. O dinheiro deveria ter sido utilizado na indenização de moradores prejudicados pelas obras do entorno do trecho sul do Rodoanel de São Paulo. Também seria para a ampliação das avenidas Jacu Pêssego e Marginal do Tietê. Paulo Preto deverá pagar ainda 4.320 dias-multa de cinco salários-mínimos, cerca de R$ 13,4 milhões.
A Justiça também decretou a perda de bens de Paulo Preto. Além disso, ele terá de pagar indenização de quase R$ 8 milhões aos cofres públicos.
Paulo Preto está preso desde fevereiro, quando foi deflagrada a 60ª fase da Operação Lava Jato. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro praticada com a Odebrecht. Paulo Preto é apontado como operador de esquemas ligados ao PSDB em São Paulo. Os cálculos da procuradoria apontam que as transações investigadas superam R$ 130 milhões.
Fonte: Agência Brasil EBC